19 maio, 2010

Por uma Agência Brasileira de Cannabis Medicinal?

A defesa da criação de uma agência nacional para regular o uso medicinal da maconha foi o caminho sugerido por médicos e pesquisadores para liberar a erva no País para fins terapêuticos. Especialistas no tema fizeram a defesa em um simpósio internacional encerrado ontem (18 de maio de 2010) no câmpus da capital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Como o consumo da maconha é proibido no Brasil, médicos apontaram, com base em pesquisas realizadas no exterior, os benefícios que o uso medicinal da droga proporcionaria. Como exemplo, citaram que substâncias extraídas da planta são capazes de auxiliar na redução de tumores no reto, mama e próstata, evitar náusea durante quimioterapia e diminuir dores crônicas.

Apenas Estados Unidos, Canadá, Holanda e Grã-Bretanha têm medicamento à base de maconha e derivados. Nos locais onde são liberados, os remédios são desenvolvidos em pílulas ou o paciente pode fumar o cigarro.

"O grande problema do cigarro é que o paciente ingere grande quantidade de substâncias tóxicas", diz Dartiu Xavier da Silveira, da Associação Médica Brasileira (AMB).

Estudos indicam que morfina vicia mais que medicamentos à base de maconha. Apesar dos efeitos positivos, o uso medicinal da droga pode comprometer a cognição e a memória.

Fonte

/ LUIZ GUILHERME GERBELLI, JORNAL DA TARDE


Meu comentário: parabens a todos os envolvidos, notamente à UNIFESP, na pessoa do prof. Dr. Elisaldo Carlini, cientista que dispensa apresentações, conhecido e reconhecido internacionalmente, parabéns tambem às entidades governamentais, à ANVISA e ao SENAD, pela abertura de discutir assunto tão sensível e delicado. Esse simpósio foi uma lufada de ar fresco e uma demonstração de no Brasil existem mentes capazes de pensar além da mesmice do dia a dia. Estive presente no seminário e fiquei impressionado com a qualidade dos debatedores, tanto brasileiros quanto estrangeiros, e com o fato de que todas as entidades, Associação Médica Brasileira,(AMB), Associação Brasileira de Psiquiatria, SENAD, ANVISA, SBPC, Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos Sobre Drogas (ABRAMD), são favoráveis não ainda à liberação, mas à discussão... isso já é uma grande coisa.

Outro link sobre o assunto:
Por uma Agência Brasileira de Cannabis Medicinal

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