A ibogaína e meu sentido de vida Tenho 41 anos, uso drogas desde os 14, fazia uso, ultimamente, de crack. Fui preso, internado 12 vezes, uma delas em ala de psicóticos. Sofri 5 overdoses, roubei, perdi todos os amigos, vários trabalhos, muitos clientes, todos os bens materiais, a confiança da família. Fui criado em um lar extremamente neurótico, e desenvolvi comportamentos infantilizados e compensatórios, como manipulações, exibicionismos e visão utilitarista das pessoas.. Tinha uma auto-estima torturantemente baixa, não era consciente de meus objetivos profissionais, e não conseguia ter um relacionamento amoroso estável. Sofria de falta de amor e da ressaca constante dos ressentimentos do passado. Meu nível de inibição era paralisante e minha capacidade de enfrentamento era precária. Acabei desenvolvendo um transtorno de ansiedade que se tornou pânico, e uma depressão que não cedia frente a fortes doses de antidepressivos. Desenvolvi uma bipolaridade destrutiva. Estava em tratamento psicoterapico à 11 anos. Fiz muitos cursos e lí inúmeras obras de melhoramento pessoal durante esses anos. Tive uma determinação sincera em parar de usar drogas. Fiquei longos períodos sem uso, nos quais reiniciei minhas atividades. Voltei a advogar, tive relacionamento. Mas apesar do esforço eu sempre recaía e perdia novamente tudo o que havia conquistado, e recaía não por “fissura”, mas porque minha vida era emocionalmente insuportável. Eu era uma pessoa confusa e prolixa: dava voltas no meu próprio eixo e não conseguia fazer com que meus conhecimentos se tornassem aprendizado real, aderissem à prática da minha vida e a tornassem psicologicamente confortável: minha vida era “uma droga”, estando drogado ou não. Eu não conseguia perceber minha realidade, e fazia então movimentos centrífugos, espalhando minhas energias em várias atividades secundárias, sem dar andamento a um projeto de vida significativo. Todos os bens materiais e imateriais que perdi eram de possível recuperação. Mas havia dois bens que eu não esperava mais recuperar: a capacidade mental para o trabalho e a esperança de uma vida sem drogas. Havia eu próprio me jogado, com uma âncora ao pescoço, no maior “fundo de poço” que jamais pude imaginar. Fui então para a aplicação da ibogaína, como último recurso de uma família que perseverava em não me abandonar. Por esta época, meus conhecimentos e aprendizados de todas as leituras, psicoterapias e experiências de vida eram como as contas de um colar que tivera o fio que as une rompido: estavam confusamente esparramados! Fui então para a aplicação de ibogaína. Minha experiência, ao contrário da de muitas pessoas, foi extremamente desagradável: dores de cabeça, distorções táteis e vômitos. Porém, alguns dias mais tarde, houve uma mudança súbita em meus paradigmas mentais, e uma melhora sensível da atividade mental. A ibogaína, juntamente com o apoio indispensável da psicoterapia intensa com a Dra. Cleuza Canan de Curitiba, agiu como se fosse um cordão que perpassasse aquelas contas esparramadas e as unisse formando um novo colar, de modo que meus conteúdos interiores foram reorganizados de forma sistemática, e a vida passou a fazer sentido! E o sentido da vida para mim é o amor e a serenidade: com estas coisas a vida é um fim em si mesma: não precisa das justificações que tentei encontrar nas filosofias e religiões. Estou, em etapas, enfrentando minhas fraquezas, reconstruindo minhas referências, descobrindo e questionando meus valores, estabelecendo metas realistas e procedendo de maneira eficiente no alcance destas metas. Este tratamento foi realmente diferente de tudo o que eu experimentei, e devolveu-me a esperança em poder ser uma pessoa normal... e feliz! Uma mensagem: não desistam de seus entes querido; havendo vida, há esperança!
A ibogaína e meu sentido de vida
ResponderExcluirTenho 41 anos, uso drogas desde os 14, fazia uso, ultimamente, de crack. Fui preso, internado 12 vezes, uma delas em ala de psicóticos. Sofri 5 overdoses, roubei, perdi todos os amigos, vários trabalhos, muitos clientes, todos os bens materiais, a confiança da família.
Fui criado em um lar extremamente neurótico, e desenvolvi comportamentos infantilizados e compensatórios, como manipulações, exibicionismos e visão utilitarista das pessoas.. Tinha uma auto-estima torturantemente baixa, não era consciente de meus objetivos profissionais, e não conseguia ter um relacionamento amoroso estável. Sofria de falta de amor e da ressaca constante dos ressentimentos do passado. Meu nível de inibição era paralisante e minha capacidade de enfrentamento era precária. Acabei desenvolvendo um transtorno de ansiedade que se tornou pânico, e uma depressão que não cedia frente a fortes doses de antidepressivos. Desenvolvi uma bipolaridade destrutiva.
Estava em tratamento psicoterapico à 11 anos. Fiz muitos cursos e lí inúmeras obras de melhoramento pessoal durante esses anos. Tive uma determinação sincera em parar de usar drogas. Fiquei longos períodos sem uso, nos quais reiniciei minhas atividades. Voltei a advogar, tive relacionamento. Mas apesar do esforço eu sempre recaía e perdia novamente tudo o que havia conquistado, e recaía não por “fissura”, mas porque minha vida era emocionalmente insuportável. Eu era uma pessoa confusa e prolixa: dava voltas no meu próprio eixo e não conseguia fazer com que meus conhecimentos se tornassem aprendizado real, aderissem à prática da minha vida e a tornassem psicologicamente confortável: minha vida era “uma droga”, estando drogado ou não. Eu não conseguia perceber minha realidade, e fazia então movimentos centrífugos, espalhando minhas energias em várias atividades secundárias, sem dar andamento a um projeto de vida significativo.
Todos os bens materiais e imateriais que perdi eram de possível recuperação. Mas havia dois bens que eu não esperava mais recuperar: a capacidade mental para o trabalho e a esperança de uma vida sem drogas. Havia eu próprio me jogado, com uma âncora ao pescoço, no maior “fundo de poço” que jamais pude imaginar. Fui então para a aplicação da ibogaína, como último recurso de uma família que perseverava em não me abandonar.
Por esta época, meus conhecimentos e aprendizados de todas as leituras, psicoterapias e experiências de vida eram como as contas de um colar que tivera o fio que as une rompido: estavam confusamente esparramados!
Fui então para a aplicação de ibogaína. Minha experiência, ao contrário da de muitas pessoas, foi extremamente desagradável: dores de cabeça, distorções táteis e vômitos. Porém, alguns dias mais tarde, houve uma mudança súbita em meus paradigmas mentais, e uma melhora sensível da atividade mental.
A ibogaína, juntamente com o apoio indispensável da psicoterapia intensa com a Dra. Cleuza Canan de Curitiba, agiu como se fosse um cordão que perpassasse aquelas contas esparramadas e as unisse formando um novo colar, de modo que meus conteúdos interiores foram reorganizados de forma sistemática, e a vida passou a fazer sentido! E o sentido da vida para mim é o amor e a serenidade: com estas coisas a vida é um fim em si mesma: não precisa das justificações que tentei encontrar nas filosofias e religiões.
Estou, em etapas, enfrentando minhas fraquezas, reconstruindo minhas referências, descobrindo e questionando meus valores, estabelecendo metas realistas e procedendo de maneira eficiente no alcance destas metas.
Este tratamento foi realmente diferente de tudo o que eu experimentei, e devolveu-me a esperança em poder ser uma pessoa normal... e feliz!
Uma mensagem: não desistam de seus entes querido; havendo vida, há esperança!
Ola
ResponderExcluirGostaria de trocar ideias com voce é possível? estou enfrentando o mesmo problema e não estou conseguindo sair sozinho.
Oi ! É possivel sim, deixe seu email que entraremos em contato. Um abraço!
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